
São desconhecidos por aqui, mas mundialmente reconhecidos e venerados desde o começo dos anos 1990. Associo-os ao efervescente cenário art rock / avant-garde que começou a se formar na Califórnia em fins da década de 1980 e se alastra até hoje pelos subterrâneos de San Francisco. Dentre os principais nomes do movimento*, destaco o de Mike Patton (vocalista do Faith No More que participou de inúmeros projetos, como Mr. Bungle, Fantômas, Peeping Tom, Mondo Cane, Dan the Automator, Kool Keith, General Patton vs The X-Ecutioners, Team Sleep, Subtle, Rahzel, Amon Tobin, Eyvind Kang, Lovage; fez parcerias com Björk e John Kaada; produziu a trilha sonora de alguns filmes e dublou outros, como I Am Legend; e em 1999 fundou o selo Ipecac Recordings).
> FAMA E OBSCURIDADE
Em 1990, quatro caras formaram uma banda na gangsta city dos Anjos: Maynard James Keenan, Adam Jones, Danny Carey e Paul D'Amour.

largou o exército para ingressar no Kendall College of Art and Design (Michigan) e mudou-se mais tarde para Los Angeles, onde conheceria o guitarrista, artista plástico e técnico em efeitos especiais Adam Jones.

era vizinho do baterista Danny Carey, ao qual foi apresentado por Tom Morello (ex-guitarrista do Audioslave / atual Rage Against The Machine). Adam Jones e Morello haviam tocado juntos em uma banda chamada Electric Sheep.

se ofereceu para tocar bateria com Maynard e Adam
por indicação de Tom Morello, pois sentia pena dos dois por não terem ninguém para tocar (as pessoas que eles chamavam nunca retornavam ou sequer chegaram a aparecer).
Era a primeira formação do Tool. O nome é faz referência à evolução através da dor (ou lacrimologia), e suas músicas serviriam como "ferramenta" (tool, em inglês) auxiliar na compreensão de tal evolução.

Faz parte desse álbum a faixa Prison Sex, cujo clipe (abaixo) foi o primeiro inteiramente dirigido por Adam Jones. Assim, ele começava a forjar o estilo perturbador que marcaria os clipes da banda a partir de então.
1. "Intolerance" – 4:53
2. "Prison Sex" – 4:56
3. "Sober" - 5:06
4. "Bottom" - 7:13
5. "Crawl Away" - 5:29
6. "Swamp Song" - 5:31
7. "Undertow" - 5:21
8. "4°" - 6:02
9. "Flood" - 7:45
10. "Disgustipated" - 15:47

Foi durante o processo de composição desse álbum que Paul D'Amour anunciou sua saída do Tool. Logo, seria substituído por Justin Chancellor, do Peach.
1. "Stinkfist" – 5:09
2. "Eulogy" – 8:25
3. "H." – 6:07
4. "Useful Idiot" – 0:38
5. "Forty Six & 2" – 6:02
6. "Message to Harry Manback" – 1:53
7. "Hooker with a Penis" – 4:31
8. "Intermission" – 0:56
9. "jimmy" – 5:22
10. "Die Eier von Satan" – 2:16
11. "Pushit" – 9:55
12. "Cesaro Summability" – 1:26
13. "Ænema" – 6:37
14. "(-) ions" – 3:58
15. "Third Eye" – 13:47
Como não poderia deixar de ser, o lançamento de Ænima esteve cercado por polêmicas e censura. A começar pelo clipe de Stinkfist (abaixo), rejeitado pela MTV sob a alegação de que o título da faixa seria ofensivo demais; após protestos de fãs, o clipe passou a ser exibido com o nome Track #1.

A música-título de Lateralus foi concebida de acordo com a escala fibonacci, mas suspeita-se que também seja uma referência à seqüência de cores que podem ser vistas por um indivíduo sob a influência de LSD.
1. "The Grudge" – 8:36
2. "Eon Blue Apocalypse" – 1:04
3. "The Patient" – 7:13
4. "Mantra" – 1:12
5. "Schism" – 6:47
6. "Parabol" – 3:04
7. "Parabola" – 6:03
8. "Ticks & Leeches" – 8:10
9. "Lateralus" – 9:24
10. "Disposition" – 4:46
11. "Reflection" – 11:07
12. "Triad" – 8:47
13. "Faaip de Oiad" – 2:39
Muitos fãs consideram este o melhor álbum do Tool.

Maynard já havia escrito sobre sua mãe em álbuns anteriores.
1. "Vicarious" – 7:06
2. "Jambi" – 7:28
3. "Wings for Marie (Pt 1)" – 6:11
4. "10,000 Days (Wings Pt 2)" – 11:13
5. "The Pot" – 6:21
6. "Lipan Conjuring" – 1:11
7. "Lost Keys (Blame Hofmann)" – 3:46
8. "Rosetta Stoned" – 11:11
9. "Intension" – 7:21
10. "Right in Two" – 8:55
11. "Viginti Tres" – 5:02
(*) que, na verdade, nem é movimento - é a liberdade total em prol do momento.
(**) em 1992, havia sido lançado o EP Opiate.